A Felicidade na Sociedade Contemporânea

Será que no mundo moderno as pessoas são mesmo felizes? No dia 20 de Março comemora-se o “International Day of Happines”, data que promove a felicidade pelo mundo

“Amor
Sonhos
Desejos
Felicidade.

Amigos
Paz de espírito
Caráter
Dignidade.

Gratidão
Ternura
Bom senso
Vida…
…coisas que o dinheiro não compra jamais!”
(poema “Inegociáveis” – Mauro Felippe – livro Nove)

No dia 20 de Março, é comemorado o Dia Internacional da Felicidade. A data foi criada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2012, para reconhecer a relevância da felicidade e do bem-estar como metas universais nas vidas das pessoas e a importância do lazer reconhecida nas políticas públicas.

Mas será que a sociedade contemporânea, na qual estamos inseridos, é realmente feliz? Será que o sentimento de alegria se estende além de uma data de ‘comemoração’ e exaltação do ser alegre?

É sabido que a busca pela felicidade é o combustível que move a humanidade – é ela que força as pessoas a estudarem, trabalharem, terem fé, realizarem coisas, juntarem dinheiro, fazerem amigos, etc. Ela convence de que cada uma dessas conquistas é a coisa mais importante do mundo e dando disposição para lutar por elas. Mas tudo isso é ilusão, pois a cada vitória surge uma nova necessidade, um novo desafio e barreiras. Às vezes, com muito esforço, o indivíduo alcança o pico da felicidade, mas, dificilmente, essa será tão duradoura.

Sobre essa questão, Sigmund Freud afirma que o homem anseia pela felicidade e que esta advém da satisfação de prazeres. As coisas que fazem bem provêm da satisfação repentina ou necessidades de provar suficiência. Desse modo, ser feliz é um impositivo do princípio do prazer que todos trazem desde a origem. Para o ‘pai’ da Psicanálise, isso não pode ser plenamente realizado. Mas, nem por isso as pessoas devem deixar de empreender esforços para alcançar alguns instantes de alegria.

Com isso, os momentos alegres não perduram tanto quanto os tristes ou neutros. Isso porque a felicidade é passageira e os instantes em que as pessoas sofrem ou passam por dificuldades afetam muito mais a vida e o desempenho emocional, fazendo com que o homem remoa cada uma dessas lembranças. Infelizmente, a felicidade plena não pode ser alcançada e muito menos comprada, por isso, é necessário que se viva intensamente cada fase e aproveite cada período raro desse sentimento tão prazeroso. Em outro dos meus livros saliento que : “não somos felizes”. E, sim, “estamos felizes”, pois é um momento específico que define este status. A mudança de um simples verbo, na frase, demostra a pura realidade, mesmo que alguns não a aceitem.

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