Dia do Poeta de Cordel
Canto ao Nordeste
Manda buscar outro mangue
Cheio de vida
Em outubro, estarei aportando no Nordeste
Onde o árido vira poesia
E, o sofrimento, cantoria no Agreste.
Tenho medo de quando eu lá chegar…
Cheio de vida
Ver tal sofrimento no luar do Sertão
Onde a noite seca também vira poesia
Outrora tão cantada por Gonzagão.
Traz-me um farto prato nordestino
Cheio de vida
Esquece que apenas serei mais um visitante
Onde, de passagem, também virarei poesia
Com passos firmes de um ser itinerante.
Ao retornar ao Sul, trarei comigo a essência da Sextilha
Cheia de vida
Arraigada à alma do cordelista e de seu povo abençoado
Onde toda esperança vira poesia
Onde cada um aceno deixar-me-á com o coração apertado.
Poema retirado do livro “Humanos” – do poeta e advogado Mauro Felippe.
Anualmente, no dia 01 de Agosto comemora-se o “Dia do Poeta de Cordel“. Um estilo nobre, ritmado, histórico, extramente popular e genuinamente brasileiro. Pura Cultura. Tenho vários amigos cordelistas neste imenso Brasil, dentre eles o amigo nordestino (baiano) e mundialmente famoso Mestre Bule Bule.
Então, VIVA O CORDEL, o NORDESTE e os POETAS DE CORDEL! 👏
Confira abaixo um vídeo meu com Bule Bule, gravado em 2016 na Bienal do Livro de São Paulo-SP.