Livros: Tão populares quanto as garotas Pin-ups

Quem poderia dizer que os livros ajudaram a vencer a guerra? Historiadores norte-americanos afirmam que a literatura auxiliou os soldados na Segunda Guerra Mundial quanto à sanidade mental, sendo uma ótima válvula de escape para a dura e dramática realidade na qual viviam em zonas de conflito. Em uma matéria do portal Timeline, publicada na plataforma Medium, um pesquisador explicita como o exército norte-americano tomou gosto pela literatura, incentivando a leitura nos soldados e também inovando ao transformar as edições brochura em um item popular.

O governo da época chegou a criar uma editora que publicaria as obras em formato portátil e específico para os combatentes poderem levar no bolso. Os chamados ‘paper back’, publicados pela Armed Forces Edition, seriam a revolução para que obras clássicas, como ‘O grande Gatsby’, ganhassem o público e marcassem a época. Essa cultura e gosto pela leitura transformariam os anos da Segunda Guerra Mundial, e repassariam para as futuras gerações a importância das letras e da cultura para a sociedade.

Mas, ninguém melhor que um escritor para confirmar como a literatura é transformadora. Mauro Felippe, advogado e poeta, possui, inclusive, um poema ligado ao tema. Em “Escritas”, publicado na obra “Espectros”, Mauro apresenta ao leitor um contexto de como o homem, com seu intelecto e sabedoria, relata o passado, para no futuro poder apresentar às futuras gerações. Afinal, a cultura, como exemplificado pelos soldados durante a guerra, é de extrema importância para se manter são e lúcido, pois é durante o ato que se pode ‘viajar’ nas palavras.

Livros são fontes que transbordam
Nenhum animal descreve o passado
Nem o que ocorre no presente
Nem desenha o futuro
O homem, ao menos, desabafa escrevendo

Fontes: https://timeline.com/killing-nazis-reading-classics-a37830f04ff7; https://en.wikipedia.org/wiki/Armed_Services_Editions; https://www.atlasobscura.com/articles/armed-services-editions-pocket-paperback-books