Quiçá tivera eu
Ossos pneumáticos de verdade
Para sobrevoar os vales ainda virgens
Em busca da estabilidade.

Como um dirigível veloz
Sabendo o que teria pela frente
Sentir-me-ia repleto de satisfações
Certo de que nada poderia ser diferente.

Como se nada precisasse fazer
Sem nenhuma necessidade
A certeza absoluta reinaria
Num mundo sem obscuridade.

Apenas um salto para um amplo voo
Para não mais dedilhar almanaques
Tornar-me-ia um humano puro e sonhador
Pois de nada importaria ter ou não sanidade.

Daria rasantes certeiros só para observar os solos generosos
Finalmente, estaria em meu caminho da divindade
Decifraria a diferença que há entre a beleza e o caos
E entre o sonho e a realidade.

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